Estudo relaciona aumento da força muscular e melhora da função cerebral – One Spa

Estudo relaciona aumento da força muscular e melhora da função cerebral

Com 135 milhões de pessoas previstas para sofrer de demência em 2050, as conclusões de um estudo ­– publicado em Journal of American Geriatrics – têm implicações ao tipo e intensidade de exercício recomendado para a crescente população adulta mais velha.

O Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) define pessoas que apresentam visivelmente reduzidas suas habilidades cognitivas, como memória reduzida, mas ainda são capazes de viver de forma independente, e é um precursor da doença de Alzheimer.

Os resultados do Study of Mental and Resistance Training (SMART) mostram, pela primeira vez, uma ligação causal positiva entre adaptações musculares ao treinamento de resistência progressiva e o funcionamento do cérebro entre aqueles com mais de 55 anos com CCL.

O estudo foi conduzido em colaboração com o Centro de Envelhecimento Cerebral Saudável (CHeBA), University of New South Wales e University of Adelaide, ambas universidades localizadas na Austrália.

“O que encontramos neste estudo de acompanhamento é que a melhora na função cognitiva estava relacionada aos seus ganhos de força muscular”, relatou o principal autor, o Dr. Yorgi Mavros, da Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Sydney.

“Quanto mais fortes as pessoas se tornavam, maiores os benefícios para o seu cérebro”.

SMART foi um estudo randomizado, duplo-cego, envolvendo 100 adultos com CCL com idade entre 55 e 86 anos, divididos em quatro grupos:

(1) exercício de resistência e treinamento cognitivo computadorizado;

(2) exercício de resistência e treinamento computadorizado com placebo (assistir a vídeos sobre a natureza);

(3) treino cerebral e um programa de exercícios com placebo (alongamento sentado/calistenia); ou

(4) exercício físico placebo e treinamento cognitivo com placebo.

Aos participantes fazendo exercícios de resistência foi prescrito sessões de levantamento de peso duas vezes por semana durante seis meses, trabalhando pelo menos 80% de sua força máxima. À medida que ficavam mais fortes, a quantidade de peso levantada em cada máquina era aumentada para manter a intensidade em 80% de sua força máxima.

Os resultados preliminares de um estudo publicado em 2014 encontraram que a cognição global desses participantes melhorou significativamente após o treinamento de resistência, conforme medido por testes incluindo a Escala de Avaliação da Doença de Alzheimer – escala cognitiva. Os benefícios persistiram mesmo 12 meses após o término das sessões de exercício supervisionado.

As atividades de treinamento cognitivo e placebo não apresentaram benefícios.

“Quanto mais pessoas fazendo exercícios de resistência como levantamento de peso, mais provável que tenhamos uma população com envelhecimento mais saudável”, afirmou o Dr. Mavros.

“A chave no entanto é ter certeza de que você está se exercitando com frequência, pelo menos duas vezes por semana, e em alta intensidade para que ocorra a maximização do ganho de força. Isso dará o máximo benefício para o seu cérebro.”

Essas novas descobertas reforçam a pesquisa do estudo SMART publicado no início deste ano, segundo o qual os exames de ressonância magnética mostraram um aumento no tamanho de áreas específicas do cérebro entre aqueles que participaram do programa de musculação. Essas alterações cerebrais foram associadas às melhorias cognitivas após o levantamento de peso.

“O próximo passo agora é determinar se os aumentos na força muscular também estão relacionados com aumentos no tamanho do cérebro”, disse a autora sênior Maria Fiatarone Singh, geriatra da Universidade de Sydney.

“Além disso, queremos encontrar o mensageiro subjacente que liga a força muscular ao crescimento cerebral e ao desempenho cognitivo, e determinar a melhor forma de prescrever exercício para maximizar esses efeitos.”

Traduzido por Essential Nutrition

Fonte: http://www.psypost.org/2016/10/increasing-muscle-strength-can-improve-brain-function-study-45575

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